Os sistemas de transportes são um dos principais consumidores de energia e combustíveis das atividades humanas. Mas e se um dos modais logísticos de transporte pudesse gerar energia, ao invés de consumi-la?
Isso já acontece na Pennsylvania, nos Estados Unidos. A agência Southeastern Pennsylvania Transportarion Authority (SEPTA) deu início a um projeto que captura a energia produzida pelas frenagens nos trilhos de uma das principais linhas férreas do estado e as direciona para a rede regional de energia da Filadélfia, principal cidade do estado.
O grande avanço que o projeto apresenta é a capacidade de armazenamento da energia cinética para uso superior. A iniciativa foi realizada na estação da linha Market-Frankford, uma das mais movimentadas da Filadélfia.
O trem utiliza um sistema especial de baterias de lítion-íon para armazenar a energia. Um software foi desenvolvido para assegurar que a energia dos freios fosse armazenada.
O processo é conhecido como frenagem regenerativa, utilizado em automóveis elétricos híbridos, em que os motores de tração geram eletricidade acionada pelas rodas. A eletricidade produzida nessa cadeia reduz o consumo de combustível.
A aplicação da tecnologia nos trens tem a diferença justamente na escala do veículo. O avanço tecnológico conquistado na experiência pela energia ter sido distribuída pelas chamadas redes inteligentes (ou smart grids). Os pesquisadores do projeto acreditam que isso pode ser instalado por todo o sistema de transporte ferroviário. Outra experiência sendo testado é um sistema híbrido que complementa a capacidade de armazenagem das baterias com a utilização de supercapacitores.
A tecnologia pode ser aplicada não somente em veículos, mas em quaisquer equipamentos que envolvam frenagens constantes, como elevadores e guindastes. São novas formas de gerar energia, contribuindo para uma economia limpa e de desenvolvimento tecnológico sustentável.