Em 2013, Roterdã movimentou cerca de 12 milhões de TEUs (contêiner de 20 pés, como já mencionado no Blog), equivalente de 440 milhões de toneladas. Em Santos, foram registrados a movimentação de 3,4 milhões de TEUs ou 114 milhões de toneladas. O porto holandês visa chegar aos 30 milhões de contêineres em 2030, enquanto o brasileiro almeja a marca de 6,8 milhões.
É preciso relativizar o contexto econômico brasileiro, no entanto há uma diferença grande de eficiência. A área de Maasvlakte 2, novo espaço do Porto de Roterdã é um pouco menor que o Porto de Santos, mas já tem expectativa de movimentar 11,5 milhões de TEUs por ano em breve.
Muito do potencial de Santos se perde porque apenas uma pequena parte da carga que chega ao porto é feita de maneira intermodal, por ferrovias ou hidrovias. Essa forma de transporte chega a ser 20% mais barato que por meios rodoviários. Outra alternativa que poderia ser mais usada é a cabotagem, a navegação entre os portos.
Um dos gargalos do Porto de Santos é a infraestrutura fora dos novos padrões internacionais. Os portos mais modernos realizam a retirada dos TEUs dos vagões de forma automatizada via portêiners, estruturas que ficam no berço do porto, sem participação humana. Enquanto em Roterdã, um contêiner demora dois dias para ser despachado, em Santos o prazo é de 21 dias.