Efeito coronavírus: até quando pode impactar a economia?

efeito coronavírus

O ano de 2020 começou de forma muito apreensiva no mundo. Uma nova doença que atinge todas as idades — mas tem gravidade maior entre idosos ou pessoas com comorbidades físicas — surgiu e colocou em risco a vida de milhares de pessoas. Além disso, os efeitos do coronavírus também foram sentidos na economia como um todo.

Ao chegar ao Brasil, diversas medidas de contenção foram tomadas, entre elas, a mais impactante, foram as restrições de funcionamento de estabelecimentos comerciais, o que gerou uma grande alteração no modelo econômico e, até mesmo, social.

No entanto, até quando os efeitos do coronavírus serão sentidos na economia? Será que as coisas voltarão a ser como eram antes? É o que responderemos neste artigo. Acompanhe!

Pandemias no mundo

Não é a primeira vez que uma pandemia assola o mundo, tanto nesta quanto em décadas passadas os seres humanos tiveram que conviver com certos tipos de doenças que, inclusive, eram piores que o COVID-19. Além disso, não existia tanta tecnologia e informação no combate desse tipo de doença como existe hoje.

Se voltarmos muito no tempo, notaremos que já existiu a Peste-Negra (1346) e gripe russa (1889), por exemplo. No entanto, a que mais marcou foi a gripe espanhola que matou cerca de 50 milhões de pessoas no período pós Primeira Guerra, por volta dos anos de 1918.

Como ocorreu com a pandemia de COVID-19, nessa época também ocorreu o agravamento econômico de muitos países, especialmente, pelo fato de os governantes da época também orientarem os cidadãos a ficarem em casa. Além disso, a doença não escolhia idade das suas vítimas, logo, em alguns países, houve uma redução brutal da mão de obra, o que também impactou negativamente a economia.

Depois disso, variações dessa mesma doença e outras que surgiram, especialmente, no continente asiático também causaram impactos negativos na economia, mas que não chegaram a assolar o Brasil diretamente como ocorreu com a crise do COVID-19.

Pandemia de COVID-19 e seus impactos no Brasil

Existe uma pergunta que todos querem a resposta: afinal, até quando o Brasil sentirá os efeitos do coronavírus? Os impactos que a pandemia causa a uma economia como a do Brasil podem ser os mais variados. Entre eles, podemos citar rupturas operacionais, dificuldade de encontrar fornecedores, desemprego, redução no consumo, entre outras. Esses efeitos e outros têm um reflexo direto no Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo um levantamento publicado no portal da Trademap, para cada mês de isolamento pode-se reduzir um ponto no PIB do país. Além disso, a estagnação da economia também gera prejuízos para setores específicos.

Por exemplo, a aviação civil mundial, estima que o prejuízo no mundo seja de cerca de 113 bilhões de dólares — segundo a BBC. Por outro lado, é esperado um grande aumento no consumo de produtos essenciais e higiene pessoal, especialmente, durante o período em que as pessoas ficarem retidas em suas residências.

Os produtos alimentícios também não sofrerão um impacto tão grande, tendo em vista que a população continuará consumindo esses itens. Os produtos de origem farmacêutica também não terão um impacto tão grande quanto outros seguimentos do mercado. Com isso, parte da cadeia logística pode não ser prejudicada, tendo em vista a necessidade de escoar essas mercadorias por todo o território nacional.

Os efeitos do coronavírus na Bolsa de Valores

Agora, discorreremos um pouco mais desses efeitos na Bolsa de Valores. No mês de março, ocorreu a maior queda que os investidores, mesmo os mais antigos, testemunharam nas ações da Bolsa. O IBOVESPA, que vinha batendo recordes de alta, chegando a incríveis 120.000 pontos, despencou 39,28% em pouco mais de um mês, chegando aos patamares da crise política de 2015 e 2016.

As pessoas que entraram nesse mercado durante o ano de 2019, impulsionados pela onda de crescimento e expansão que vinha acontecendo, foram pegos de surpresa com a grande queda no índice, que foi reflexo das reduções abruptas que ocorreram no preço das ações. A bolsa chegou a ter um processo chamado de circuit breaker que, basicamente, é o encerramento das operações por certo período de tempo após uma grande queda.

Em uma semana foram contabilizados 4 circuit breaker, algo nunca visto por investidores brasileiros, nem mesmo, durante a crise do Subprime por volta dos anos de 2008, que também balançou bastante a economia.

Olhando para o mercado de câmbio, o dólar disparou e ultrapassou a barreira dos R$ 5,00 mesmo com constantes intervenções do Banco Central para evitar chegar neste valor. A queda, realmente, pegou muitas pessoas de surpresa, entretanto, alguns investidores que tinham uma quantidade de capital alocado em ativos fora da Bolsa enxergaram nisso uma oportunidade para comprar mais ações com preço inferior, melhorando o preço médio de suas posições.

Além disso, durante o mês de abril, mesmo com o agravamento da doença, os papéis e o próprio IBOVESPA começaram a dar sinais de recuperação. O índice fechou o mês na casa dos 80.000 pontos, puxado pela valorização das ações das principais empresas brasileiras.

A recuperação do otimismo do mercado e reaquecimento da economia é algo que pode, de fato, demorar algum tempo para acontecer, entretanto, a medida que ocorre a liberação do retorno ao funcionamento de alguns setores, a economia volta a funcionar, o otimismo dos investidores começa a se recuperar e, consequentemente, os demais setores começam a se reestruturar para essa nova estrutura econômica a qual estaremos inseridos a partir desta pandemia.

Sendo assim, podemos concluir que os efeitos do coronavírus na economia são bastante intensos, entretanto, tudo isso passará e, aos poucos, as atividades voltarão ao normal. Porém, novas formas de execução das atividades serão criadas e a tecnologia terá um papel ainda mais importante e impactante no dia a dia das empresas, independentemente do segmento.

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