A Scania implementou um novo sistema de logística em 2014 que gerou uma redução de 5% no custo de transporte de peças de fornecedores para fábrica de caminhões e ônibus em São Bernardo (SP). A procura por redução de custos se deu principalmente devido ao baixo desempenho econômico de Brasil e Argentina no último ano.
Para conseguir gerar tal redução, a empresa implantou uma metodologia que alia o planejamento diário de coleta de materiais com o balanceamento do nível de ocupação dos veículos que buscam peças nos fornecedores. A empresa é responsável, desde 1999, pelo transporte de insumos até a planta fabril, realizando o recolhimento de componentes em rotas pré-estabelecidas.
O objetivo da estratégia era diminuir o fluxo de caminhões que iam até a fábrica para minimizar transtornos de trânsito. A empresa também promoveu uma concentração de itens – cerca de 27 mil diferentes – no centro de distribuição da empresa em Mauá.
O último avanço do longínquo processo foi a implantação de uma torre de controle que realiza avaliação diária dos volumes de insumos necessários para produção e dos níveis de estoque. O sistema alia essas informações com a capacidade dos veículos para evitar picos de aquisição de certos itens e manter um menor número de caminhões em deslocamento.
Dos 200 fornecedores da Scania, 30 já ingressaram no programa. O projeto conseguiu reduzir a quantidade de veículos que fazem a coleta de itens, diminuindo o número de viagens em 103, uma economia de 99 mil km. Isso se reflete em 14 toneladas a menos de CO2 emitidos no meio ambiente.
A expectativa da empresa é manter a economia em 2015 na faixa de 5%. A empresa julga que, com o cenário de volatilidade nas vendas, o projeto evita a manutenção de elevados níveis de estoque de peças na fábrica.
Independente do cenário econômico, a logística sempre é uma área visada pelo seu potencial de promover redução de gastos e otimização de operações. Até setembro, a Scania registrava queda de 27,7% no volume de vendas.