Desde fevereiro de 2020, o país passa por significativas transformações. Depois que o primeiro caso de COVID-19 foi confirmado no estado de São Paulo, autoridades de todos os estados publicaram decretos exigindo o distanciamento social, fechando lojas e comércios não essenciais na maioria das capitais. Por essa razão, o e-commerce no Brasil ganhou projeção, uma vez que era a alternativa encontrada pelos consumidores para que pudessem usufruir de produtos e adquirir itens com segurança.
Pensando nisso, elaboramos este post para que você confira um panorama sobre a área em nosso país, conheça quais foram os segmentos que ganharam destaque, além de tendências que podem ser adotadas pela sua empresa. Boa leitura!
O panorama do e-commerce no Brasil no período da pandemia
Desde que as medidas de isolamento foram implementadas nas cidades, grandes mudanças foram observadas no comportamento de compras do consumidor.
As compras por delivery, por exemplo, cresceram em 59%. Na internet, observou-se ainda um crescimento significativo, em especial na compra de bebidas, que chegou a um aumento de 136%.
De modo geral, de acordo com a pesquisa “Novos hábitos digitais em tempos de COVID-19“, criado pela SBVC, também conhecida como Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, 61% das pessoas que fizeram alguma compra por meio da internet afirmaram que aumentaram o seu volume de compras em razão do distanciamento social. O número impressiona quando analisado apenas aqueles que dobraram as suas compras: cerca de 46% dos usuários.
No entanto, deve-se destacar que houve um aumento no prazo para as entregas dos produtos. Para oferecer mais segurança aos seus profissionais, equipes de todas as áreas vêm trabalhando com um número reduzido em seu quadro de colaboradores. Aliado a um volume maior de pedidos, é natural que ocorra essa mudança.
As categorias que estão em alta no e-commerce brasileiro
Como podemos perceber, houve um grande aumento nas compras feitas virtualmente pelos consumidores brasileiros. Mas, quais categorias são aquelas que mais se destacam nesse cenário? A seguir, selecionamos algumas delas. Confira!
Saúde, higiene e bem-estar
Nunca se falou tanto em saúde e bem-estar como nos dias atuais. Hoje, há uma preocupação maior entre as pessoas em mudar alguns de seus hábitos, como forma de garantir a segurança em relação à COVID-19 e também se manter em forma, mesmo em casa.
Em fevereiro de 2020, por exemplo, quando a situação nem estava ainda muito intensa no país, já observou-se um aumento de vendas de gel antisséptico em duas vezes. O faturamento total já ultrapassa 1 milhão de reais.
Além disso, com medidas restritivas e com o aumento da preocupação das pessoas para ficar em casa e controlar a disseminação da doença, a compra de produtos para bebês também cresceu em abril. No que diz respeito à saúde e higiene, houve um crescimento de 17%. Observou-se ainda uma melhoria na venda de papinhas, na faixa dos 10%.
Outro destaque são para produtos que se relacionam diretamente com a COVID. Entre eles, o termômetro. Como a febre é um dos sintomas comuns observados em pacientes diagnosticados, houve um aumento de 45% nas compras.
Em relação aos desinfetantes, as empresas observaram um crescimento de 14%, com faturamentos que chegaram próximo a 1 milhão de reais. Outros itens que viram crescimentos foram as fraldas (26%) e lenços umedecidos (10%).
Alimentação
O mercado de alimentação também observou um crescimento considerável em seus pedidos. De acordo com Maurício Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, ABComm, houve crescimento de até 180% em lojas virtuais do segmento.
Também deve-se destacar a questão do delivey. Com os restaurantes de portas fechadas para receber o público, restou recorrer às principais plataformas para continuarem operando no mercado. Além disso, consumidores que desejam evitar sair de casa para irem ao supermercado, por exemplo, utilizam esse recurso para suprir suas necessidades diárias.
Outros itens que observaram crescimento
De acordo com um levantamento realizado pela Konduto, outras áreas foram fortemente impactadas positivamente com o distanciamento social.
O segmento de brinquedos, por exemplo, presenciou um aumento de mais de 600%, uma vez que, com as crianças em casa, pais buscam por soluções que possam contribuir para que os pequenos utilizem de forma mais atrativa o tempo livre.
Artigos esportivos também presenciaram um aumento de 187%, especialmente se observado determinados itens que permitem a prática de atividades dentro de casa. Confira outras áreas em destaque:
- farmácias — 74,70%
- entregas — 55,6%.
As tendências para os próximos meses
Com todo o contexto no qual as pessoas foram obrigadas a passar, naturalmente haverá um crescimento ainda mais presente em relação às compras online.
Empresas que já investiam seus esforços nessa área para oferecer uma melhor experiência aos seus clientes, consequentemente puderam presenciar melhores resultados nesses últimos meses.
Apesar disso, Maurício Salvador, presidente da ABComm, destaca sobre a facilidade de começar esse tipo de atividade, mas há um desafio a ser enfrentado pelas empresas: a logística das entregas e o armazenamento. Justamente pelo volume ter aumentado significativamente nas últimas semanas, cuja tendência é melhorar daqui em diante, é preciso buscar por alternativas que contornem esse gargalo.
Os condomínios logísticos, por exemplo, contribuem para potencializar o sucesso dos empreendimentos, buscando por localizações estratégicas e apostando em valores que trazem ganhos para a gestão como um todo. Entre eles, a inovação, a sustentabilidade, além da busca por métodos que contribuem efetivamente para a redução de prazos, trazendo como consequência principal a diminuição de custos.
Neste conteúdo, você pôde conferir um panorama do e-commerce no Brasil, quais foram os segmentos que observaram crescimento recentemente, além do que deve ser esperado para os próximos meses.
Como você viu, empresas de todos os setores precisaram se ajustar para atender a uma demanda tão diferenciada em um contexto muito atípico. Por essa razão, o ideal é buscar por um controle de estoque eficaz, analisar o comportamento de compra dos seus consumidores, além de ficar por dentro continuamente das métricas do seu negócio.
Em uma logística de e-commerce, deve-se priorizar o estoque próprio ou terceirizado? Confira outro conteúdo produzido em nosso blog e tire suas dúvidas sobre o assunto!