Um dos pontos mais críticos para a logística brasileira são os portos. Estima-se que cerca de 77% dos produtos comercializados pelo mundo passam pelos portos. Com a posse de Edinho Araújo, novo ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), é importante lembrar dos principais pontos de deficiência da estrutura portuária do país.
Com o novo mandato, a presidente Dilma Rousseff pretende impulsionar investimentos em logística, tendo anunciado o PAC 3. No entanto, os portos esbarram na dificuldade causada pelo demorado processo de arrendamento das áreas portuárias, que dificultam os investimentos e atrasam a melhoria de desempenho do comércio exterior brasileiro.
Estrutura
Um dos principais desafios é a defasagem das estruturas instaladas no país. Com o crescimento dos tamanhos dos navios, os portos necessitam de áreas de águas profundas cada vez maiores. Dessa forma, pode-se aumentar a eficiência e baixar os custos operacionais.
A dragagem, processo utilizado para retirar materiais da água, ainda não foi otimizada nos portos para promover melhores condições de tráfego de embarcações mais modernas.
Outra necessidade apontada é o investimento em treinamento e qualificação dos profissionais da área para trabalhar com equipamentos avançados, levando-se em conta que muitos ainda não tiveram contato com máquinas do tipo. A avaliação do setor é de que o Centro de Excelência Portuária de Santos ainda não alcançou o potencial necessário para alavancar as atividades da área.
São muitos os desafios para o novo ministro da Secretaria Especial de Portos, mas com as necessidades da retomada de investimentos na economia, a logística deve ser bem visada nos próximos anos.