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Custo Brasil breca a competitividade das empresas


Para grandes empresas brasileiras, um dos motivos que mais impacta em sua competitividade e as impede de estabelecer uma concorrência global contra empresas de diversos outros países é o chamado Custo Brasil, que abrange desde problemas estruturais até as diversas dificuldades impostas pela burocracia brasileira. E superar esse grave problema é algo que requer, de forma direta, uma atuação assertiva do Governo.

Uma das evidências desse Custo Brasil pode ser observada na produção agrícola, onde um mesmo produto chega a ser até 35% mais caro produzido por aqui, em relação a países como Estados Unidos ou Alemanha, em um legítimo reflexo do peso que a carga tributária brasileira, não por acaso uma das mais altas do mundo, impõe às empresas nacionais.

Dificuldade para competir globalmente

Frente a tamanho custo, as empresas encontram dificuldade para concorrer em um mercado global, afinal para se manterem competitivas precisarão investir, cada vez mais, em mão de obra qualificada, tecnologia de ponta e novas metodologias de produção e distribuição, o que gera gastos elevados e que esbarram naqueles enfrentados com o Custo Brasil.

E para uma concorrência qualificada é preciso investir em logística e sistemas de logística eficientes. E é a logística a responsável por grande parte dos custos com matéria-prima e produção, sendo um grande e caro diferencial competitivo. Para se ter uma ideia, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o custo da logística representa em média 12% do PIB mundial, enquanto no Brasil eles respondem por 17% do PIB brasileiro.

A infraestrutura nacional, com graves deficiências nos modais de transporte rodoviário, com estradas em péssimas condições e mal sinalizadas; ferroviário, com ferrovias em precária situação; e hidroviário, com portos caóticos e intenso fluxo; acaba impactando nos prazos de entrega dentro e fora do Brasil.

O que fazer para reduzir o Custo Brasil

Algumas das medidas para reduzir o Custo Brasil apontam para a redução dos juros de mercado, o ajuste progressivo da taxa de câmbio e investimentos para a produção, mas é apenas um começo diante das várias mudanças necessárias.

Cabe ao Governo lidar com esse desafio, dando mais atenção a essas questões e implementando políticas que favoreçam a agilização dos processos, a redução da burocracia e da morosidade decorrente dela, pois só assim as empresas brasileiras terão condições de expandir sua atuação e ampliar sua competitividade em um cenário cada vez mais competitivo.

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