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Conheça os 11 maiores desafios da logística e saiba como superá-los

Inicialmente, a distribuição física de materiais era compreendida somente por seu papel operacional e de pouca repercussão na atividade empresarial. Porém, os empreendedores modernos já admitem que os problemas da logística são complexos e impactam diretamente toda a operação.

O que estamos observando nos dias de hoje é uma mudança para o caráter estratégico da atividade de transportes e o seu impacto nos resultados. É papel do gestor, portanto, identificar e desenvolver formas de diminuir os riscos e obter melhores resultados para a empresa.

Para auxiliá-lo nessa demanda, dedicamos este espaço para abordar os maiores desafios enfrentados pela logística e indicamos iniciativas para superá-los. Continue acompanhando!

1. Segurança no transporte

Garantir que o processo de entrega seja concluído de maneira segura é primordial para o setor de transportes. Um dos principais problemas causados por acidentes e roubo de carga é o elevado prejuízo econômico, que afeta toda a cadeia de suprimentos.

Portanto, a conscientização e a prevenção minimizam os riscos desse tipo de empreendimento. É preciso se certificar de que os motoristas obedeçam à legislação de trânsito, evitem excesso de velocidade e não consumam bebidas alcoólicas.

Além disso, seguir viagem em condições desgastantes — como durante a chuva e no período da noite — estão entre as principais causas de acidentes.

A transportadora também pode desempenhar seu papel e assegurar que o veículo esteja em boas condições de trafegar e que não seja carregado com excesso de peso. Em último caso, é possível optar por adquirir apólices de seguro — tanto para a carga quanto para o veículo — e garantir o seu ressarcimento em caso de sinistro.

2. Infraestrutura das estradas

O crescente número de acidentes também constitui um dos principais desafios da logística e tem impacto tanto na conservação da frota como no atendimento dos prazos de entrega.

O transporte de cargas no Brasil utiliza, majoritariamente, o modal rodoviário, o que sujeita as empresas a lidar com os custos da falta de conservação da malha viária. Sua característica primária é a movimentação de cargas de diversos portes — desde produtos agrícolas até minério — para regiões distantes. Contudo, os obstáculos nas estradas aumentam na proporção de sua extensão.

Para lidar com esse problema, as empresas podem limitar seu raio de entrega, evitando, assim, trafegar por vias esburacadas e sem asfalto. As manutenções preventivas contribuem para deixar os veículos em condições de circular por mais tempo e preservá-los.

3. Mensuração do desempenho da operação

Embora o conceito de desempenho possa ser empregado em diversas atividades, o acompanhamento da atividade logística se destaca por sua relevância. A dificuldade em criar indicadores capazes de retratar o real comportamento da área acaba desestimulando os gestores.

Por outro lado, é necessário persistir e encontrar formas eficientes de mensurar as tarefas. Esse tipo de abordagem contribui para a identificação de problemas de natureza financeira, operacional e comercial, pois permite a criação de planos de ação correspondentes.

As empresas devem ter consciência da necessidade de monitoramento e controle, por intermédio da medição dos fatores de prazos de entrega, custos e níveis de estoque.

4. Organização do espaço físico do estoque

O nível de eficiência obtido com a gestão do estoque tanto pode tornar essa área uma vantagem estratégica, como pode se converter em um obstáculo. A localização e organização dos materiais, a distribuição do espaço e o arranjo das prateleiras impactam no andamento do processo.

Remessas de pedidos incorretos ou incompletos, dificuldade no embarque e atrasos no envio das mercadorias são algumas das consequências observadas quando a administração não dedica atenção a essa atividade.

Para corrigir essa situação, o layout de armazenagem deve ser criado para assegurar a movimentação de carga, maquinários e funcionários de forma segura. Com isso, é possível aproveitar melhor o espaço, reduzir os custos de estocagem e atender aos requisitos de cada produto.

5. Tecnologia defasada

Um dos motivos pelos quais a operação de transportes não atinge níveis elevados de eficiência e produtividade é por causa do baixo investimento em tecnologia. Isso quer dizer que mesmo as atividades mais rotineiras requerem lançamentos manuais, o que resulta em:

Esse elemento faz com que as atividades não fluam com agilidade causando, assim, problemas internos que afetam o atendimento ao cliente. A solução é buscar ferramentas capazes de automatizar tarefas repetitivas, como a emissão de documentos fiscais.

Além disso, é importante contar com sistemas que favorecem a coleta e o processamento de dados com o intuito de produzir relatórios gerenciais para subsidiar a tomada de decisões.

6. Monitoramento da frota

Já falamos como os elevados níveis de criminalidade nas estradas geram um prejuízo de grandes proporções para a economia. Somente no ano de 2019 as perdas decorrentes do roubo de cargas somaram cerca R$ 1,40 bilhão, segundo a pesquisa divulgada pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística).

Por esse motivo, observamos que as empresas que não adotam nenhum tipo de sistema de monitoramento dos seus veículos estão sujeitas a enfrentar problemas dessa natureza. Além da perda financeira, esse é um elemento que afeta o relacionamento com clientes e gera um cenário de insegurança.

Uma das alternativas mais comuns é a adoção de sistemas de rastreamento que são instalados no interior do veículo e transmitem um sinal de GPS sobre a sua localização. Além da função que permite acompanhar a sua localização em tempo real, ainda é possível instalar recursos adicionais, como botão de pânico, mecanismo corta combustível e travamento das portas e compartimento de carga.

7. Custos operacionais elevados

Manter o equilíbrio financeiro é um dos principais problemas no setor logístico. Desde a abertura da empresa o empreendedor enfrenta dificuldades relacionadas às finanças. Vários elementos contribuem para esse cenário que, muitas vezes, pode ser desanimador.

Em primeiro lugar, está o peso da carga tributária brasileira que incide sobre os serviços de frete e que, como consequência, encarece a comercialização de produtos. Essa ocorrência fica ainda mais perceptível quando a empresa tenta expandir a sua área de atuação e se depara com alíquotas diferentes para cada estado.

Além disso, os custos operacionais consomem uma fatia significativa dos lucros quando apuramos os valores gastos com combustíveis, seguros de carga e manutenção dos veículos. Soma-se a isso, a atual defasagem da tabela de frete e as empresas enfrentam um cenário de desvalorização dos seus serviços.

8. Manutenção preventiva

A frota de uma empresa de transportes, seja ela composta de caminhões ou motocicletas, é o seu patrimônio mais valioso. Por isso, faz sentido buscar ferramentas capazes de manter os veículos funcionando em perfeitas condições.

Devido ao seu uso constante, as peças tendem a se desgastar com maior frequência. Quando não são substituídos periodicamente, os componentes podem ser danificados aumentando a chance de danos e, nos casos mais graves, acidentes de trânsito.

Por esse motivo, a adoção de um cronograma de manutenção preventiva ajuda a:

Manter esse controle também ajuda a identificar o momento ideal para substituir o veículo e evitar que a sua depreciação excessiva e os custos com consertos afetem os resultados financeiros.

9. Dependência excessiva do modal rodoviário

A maior parte das transações de transporte é realizada por meio do modal rodoviário. Essa é a principal forma de circulação de mercadorias, mesmo em um país de proporções continentais como o Brasil.

Esse é um fator que onera o comércio e reduz a eficiência, principalmente em rotas de longa distância. A situação fica ainda mais grave quando consideramos as condições precárias das estradas, em especial nas regiões norte e nordeste do país.

Como resultado, alternativas mais ágeis, como o modal aéreo, não são exploradas e ficam restritas a entregas emergenciais. Embora os seus preços não sejam tão acessíveis é importante considerar essa alternativa para complementar o uso excessivo das rodovias.

Esse é um hábito que esbarra em questões socioambientais, devido ao seu elevado consumo de combustíveis e a emissão de gases poluentes na atmosfera.

10. Falta de planejamento operacional

Um dos principais problemas logísticos têm relação com a execução das atividades. Muitas empresas lidam com atrasos nas entregas, pedidos incorretos e reclamações dos clientes devido à falta de planejamento.

É necessário reconhecer a complexidade da operação de transportes e das diversas etapas que devem ser programadas com antecedência. Entre elas, está a criação do trajeto de coleta e entrega de produtos.

Quando a empresa não alinha esse processo, o seu andamento pode ser comprometido, pois isso reduz a produtividade e aumenta os gastos. Por isso, os sistemas de roteirização são ideais para criar a rota mais ágil para os veículos e possibilitar a economia de combustível.

11. Localização estratégica

Os grandes centros urbanos já não são o espaço ideal para conduzir a operação de transportes. Muitas cidades já adotam restrições quanto a circulação e o estacionamento de veículos de grande porte. Além disso, o próprio tráfego não é favorável para a circulação de caminhões.

Para lidar com essas limitações, os galpões oferecem soluções como a localização estratégica e o fácil acesso às rodovias nos seus arredores. Muitas empresas enxergam os centros de distribuição como parte integral da sua estratégia para alcançar mais clientes e otimizar os serviços de transporte.

O sucesso no setor logístico é consequência de uma estratégia bem formulada para reconhecer as oportunidades e os desafios presentes nesse tipo de operação. Por isso, os gestores devem direcionar recursos financeiros e de pessoal para garantir os seus resultados.

Por isso, os problemas da logística servem como direcionamentos que indicam onde e qual é o momento favorável para começar a implementar melhorias. Dessa forma, é possível traçar planos para a equipe com o intuito de melhorar o desempenho e aumentar a margem de lucratividade.

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