Condições de trabalho de tripulantes e equipes de apoio em solo

shutterstock_150110057Na semana passada o Blog Logística apresentou a primeira parte de uma entrevista especial sobre o setor aéreo brasileiro, através da visão de um comissário de voo, uma das figuras centrais neste cenário. Na primeira parte da entrevista o comissário Lucas Muniz avaliou a condição dos aeroportos brasileiros diante da Copa do Mundo.

Hoje, nesta segunda parte da entrevista, o foco será nas condições de trabalho dos tripulantes e equipes de apoio em solo.

 

BL – Como é o apoio dados pelas companhias aéreas aos tripulantes das aeronaves?
Como são suas condições de trabalho?

A Lei 7.183 é que regula a profissão do aeronauta. As empresas e tripulantes tem que seguir, a risca, o que ela diz. Essa lei, inclusive, acabou de ter mudanças aprovadas no senado para melhoria da qualidade de vida dos tripulantes. Ela regula nossas condições de trabalho (horas de voos, refeição, transporte, etc). As cias aéreas têm programas de gerenciamento de fadigas e vários outros programas para uma maior qualidade de vida de suas equipes. Mas, infelizmente, quando convém, os aeronautas são levados a jornadas extremamente cansativas, aumentando muito o nível de estresse. Ainda há muito a ser feito para melhorar a qualidade oferecida aos tripulantes e, consequentemente, garantir a segurança operacional de nossos voos.

 

BL – E o que dizer das condições de trabalho atuais de quem está em terra, nas torres de controle?
Houve uma grande reformulação e melhoras no controle de tráfego aéreo depois do voo 1907 da GOL, mas ainda é necessário treinamento de maior qualidade para nossos controladores que, infelizmente, acumulam aviões em seus radares e atuam sob pressão. Os funcionários de terra das cias aéreas tem que lidar com situações de atrasos e cancelamentos de voos, nervosismo de passageiros, cobranças constantes de chefias e empresas e as intermináveis obras em nossos terminais. Mas vale ressaltar que mesmo com tudo isso eles amam o que fazem e trabalham com maestria!

 

BL – Em termos de atendimento, como estão os tripulantes das aeronaves e os funcionários em terra? Como estão hoje e como estarão durante a Copa?
Treinados para lidar com qualquer situação de emergência, contratempos, desvio de rota e tudo o mais. Claro que pode haver estresse, descarga emocional, pois antes de serem funcionários são seres humanos, com limites e emoções. Imagine o estresse em passar por vários aeroportos, lidar com públicos diversos e ainda encontrar falhas por todos eles. Enfim, não é fácil, mas o treinamento dos funcionários é de muita qualidade e somos reconhecidos como um dos mais seguros do mundo!

 

BL – Você acredita em caos aéreo durante a Copa? E como ele seria?
Acredito que haverá problemas sim, porém mais brandos que os ocorridos em 2010 (problemas causados por regulamentação dos tripulantes). As empresas aéreas estão remanejando suas frotas e adequando o quadro de pessoal para receber o evento com qualidade e eficiência, mas acredito que os próprios aeroportos serão os grandes vilões das empresas e passageiros.

 

Na próxima semana, na penúltima parte da entrevista, Lucas nos ajudará a avaiar a tecnologia e a infraestrutura da aviação nacional. Fiquem ligados no Blog Logística!

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