Ainda que a logística não tenha o mesmo apelo para a população que setores fundamentais como saúde, educação e segurança, entre outros, ela é também de fundamental importância para o Brasil, pois impacta diretamente na economia do país. Em tempos de eleição, os candidatos à presidência compreendem a importância da logística e a necessidade de criarem alternativas que fortaleçam o setor.
O tema é desafiador para quem quer que venha a governar o país a partir de 2015, pois há a necessidade de lidar com os diversos gargalos da logística no Brasil, os problemas recorrentes de infraestrutura, além da falta de investimentos e de fiscalização sobre esses investimentos.
É preciso apontar caminhos que assegurem avanços nos modais de transporte, facilitando um dos maiores problemas que o Brasil enfrenta atualmente: os atrasos nas entregas por falhas no transporte. Este, aliás, é um desafio que, se vencido, dará ao Brasil a possibilidade de ampliar sua competividade no mercado internacional e garantirá a solidez nas relações comerciais com outros países.
O que dizem os candidatos à presidência sobre a logística atual
Os três principais candidatos à presidência da República, Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos, antes do trágico acidente que sofreu, participaram de um encontro realizado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), no começo de agosto, e manifestaram suas impressões acerca do atual cenário da logística no Brasil.
Dilma avaliou sua gestão e afirmou que atendeu às demandas do setor. A Presidenta sinalizou com a revisão das normas de demarcação das terras indígenas. Em relação ao Crédito Agrícola, Dilma procurou demonstrar que houve um grande avanço e que hoje, entre o agronegócio e a Agricultura familiar, o governo oferece R$ 180 bilhões em linhas de crédito para investimento e custeio.
Aécio Neves defendeu o direito à propriedade e a interlocução com os movimentos do campo, citando o MST. O candidato acenou com a possibilidade de criação de um superministério da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Pesca. Aécio prometeu o cumprimento rigoroso da lei em casos de invasões de terras e uma revolução Logística que priorize a construção de hidrovias e ferrovias.
Já Eduardo Campos afirmou que o governo atual paralisou as reformas no campo, e prometeu aumentar os subsídios ao setor. O então candidato prometeu acabar com o que chamou de “balcão político no Ministério da Agricultura”, modernizar e agilizar o crédito rural, institucionalizar as políticas de preço mínimo e regulamentar o artigo da Constituição que trata das cooperativas. Na Infraestrutura e Logística – estradas, ferrovias, hidrovias, energia – prometeu realizar mais obras.
Portanto, por tudo aquilo que representa para a economia do país, a logística vem sendo um dos assuntos mais abordados pelos presidenciáveis em suas propostas de governo e apesar dos grandes desafios a serem enfrentados, resta votar com consciência e torcer para que as promessas de governo sejam, de fato, cumpridas.