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Amazon expande logística com frota de aviões cargueiros

Após dominar o e-commerce com operações no mundo todo, criar uma série de soluções digitais com serviços de streaming e de nuvem e criar uma série de soluções tecnológicas inovadoras, a Amazon começa a fazer investimentos mais tradicionais em relação às suas operações logísticas.

Após informações de que poderia começar a prestar serviços de transporte marítimo via sua filial chinesa, a empresa anunciou em março que pretender adquirir, via lease, 20 aviões cargueiros.

O objetivo da ação é diminuir os custos logísticos da companhia. Em 2015, a Amazon teve 15% de crescimento de gastos com frete em 2015. No total, a empresa gastou aproximadamente US$ 1,8 bilhão com logística no ano passado.

Os aviões foram adquiridos em parceria com a Air Transport Services Group. O modelo escolhido foi o 767, da Boeing. Assim, a Amazon deve se tornar menos dependente de operadoras logísticas como UPS e FedEx nos envios dentro dos Estados Unidos.

Além do lease, a transação inclui as operações das aeronaves e os serviços logísticos. Com a transação, a Air Transpor Services garantiu à Amazon o direito de comprar até 19,9% de suas ações pelo preço fixado de US$ 9,73 nos próximos cinco anos. Na transação já realizada, a gigante de Seattle já garantiu a compra de 9,99% das ações da operadora, cerca de US$ 69 milhões.

Autonomia e um novo mercado

Com a aquisição, a empresa deve garantir mais autonomia em seus processos. Além de garantir maior controle das próprias operações de entrega, a Amazon poderá prestar serviços de transporte de carga para terceiros.

Assim, as empresas que vendem utilizando o sistema de loja, Fulfillment by Amazon (FBA), poderiam usufruir de sua estrutura de armazenamento, venda online e transporte. A Amazon alçaria, literalmente, novos voos. Além de uma gigante do e-commerce, a companhia se tornaria uma autêntica prestadora de serviços logísticos.

A Amazon tem realizado investimentos pesados em logística nos últimos anos, período em que a margem de lucro da empresa de Jeff Bezos continua em situação crítica. Os processos logísticos de ponta certamente contribuem para este aperto financeiro, mesmo com o crescimento de serviços pagos, como o Prime.

“Entregas grátis em duas horas são complexas e caras, mas os consumidores adoram”, destacou o diretor-executivo de finanças da Amazon, Brian Olsavsky.

Nova estrutura

A estrutura física da empresa é robusta e tem crescido rapidamente. Em 2010, eram 26 instalações com quase 1,5 milhão de metros quadrados de área para armazenagem. Ao final de 2015, foram contabilizadas 80 instalações com área de quase 7 milhões de metros quadrados.

Os centros de distribuição já contam com milhares de robôs Kiva e agora os investimentos em drones foram intensificados. Com isso, a Amazon pretende aumentar as centrais do Prime Now, serviço de entrega em até duas horas via drones.

Outra tendência de investimentos da empresa é a preferência por centros de distribuição menores, com foco no Prime Now, que permitem operações mais ágeis e eficientes. Descentralizar a armazenagem permite uma maior capilaridade e penetração das empresas.

A expectativa é que os Resultados Líquidos da empresa cresçam após às recentes movimentações estruturais e estratégicas.

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