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Varejo procura solução para desafogar logística na Black Friday

Ano após ano, a Black Friday consegue números de venda ainda mais incríveis para o varejo, seja ele físico ou eletrônico. Claro que a procura pelas ofertas da maior data de vendas do ano não viria sem causar novos desafios. O principal deles é o estresse de toda a cadeia de logística que atendo ao comércio.

Em 2014, os consumidores americanos gastaram cerca de US$ 1,33 bilhões da data, sempre comemorada ao Dia da Ação de Graças, que acontece na quarta quinta-feira de novembro. No Reino Unido, onde assim como no Brasil a data é utilizada no varejo desde 2010, foram gastos cerca de £ 810 mi no e-commerce na edição do ano passado.

A Black Friday brasileira de 2014 teve um faturamento de aproximadamente R$ 872 mi. Dados iniciais sobre o desempenho da edição de 2015, apresentados no Digitalks em Belo Horizonte, apontam vendas na faixa de R$ 1,3 bi, crescimento de 76%. A expectativa é que os números do Reino Unido também ultrapassem a faixa de 1 bi.

Desafios

Obviamente, cada vez que esse valor sobe, sobe também o número de consumidores, de pedidos, de movimentação em centros de distribuição, de produtos em trânsito… um pico na atividade de toda cadeia logística.

No entanto, uma estratégia comercial simples pode ser a solução de desafogar parte do maior tráfego logístico gerado pela Black Friday. A transportadora Fastlane International destacou que transformar a “sexta-feira negra” em um evento que dura toda a semana pode reduzir os impactos na logística.

Apesar de a transportadora ter previsto isso para o varejo eletrônico americano e britânico, várias lojas brasileiras aderiram à estratégia. “No ano passado, um número de empresas dos EUA e Reino Unido, como Amazon, Ao.com, Debenhams e River Island admitiram ter sofrido rupturas em seus sistemas de entrega após registrar vendas recordes. Seus sistemas são inevitavelmente atingidos por um enorme aumento de demanda no início das vendas de Natal”, destacou David Jinks, porta-voz da Fastlane International em Londres.

O estoque tem um impacto óbvio nas operações logísticas e, por consequência, nos resultados finais. No início do ano, a agência de notícias Reuters revelou que a logística da loja Marks & Spencer não conseguiu atender a demanda da Black Friday do ano passado e teve que cancelar o serviço de entrega expressa por um tempo. A M&S teve queda de 5,8% de suas vendas nas 13 semanas anteriores a 27 de dezembro do ano passado devido a problemas nas entregas.

Alternativas

Como forma de amenizar os efeitos deste pico de demanda na logística, a Amazon e o eBay, por exemplo, aplicaram seus descontos desde o início da semana do dia 27 de dezembro, data da Black Friday de 2015.

Outras empresas que adiantaram suas ofertas foram a Macy’s, loja de departamentos, a JCPenney, loja que oferece itens mobiliários e de decoração, e a rede Walmart. Mas as ações delas tiveram uma coisa em comum: exclusividade para membros.

Dessa forma, elas não diminuíram parte do estresse logístico, como puderam oferecer um atendimento personalizado, evidenciando as vantagens de seus programas de assinantes.

Além da extensão da Black Friday, o Walmart transformou a Cyber Monday, segunda-feira seguinte à Black Friday que reúne ofertas do e-commerce (ao contrário do Brasil, a Black Friday é um evento do varejo convencional nos EUA) em Cyber Week.

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