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A hora de mudar o modelo de escoamento da safra do País

O Brasil é um país que produz muito e encontra problemas gigantescos para exportar essa produção, justamente em razão de deficiências em sua logística de transportes. Aqui mesmo, no Blog Logística, vimos que o Brasil atrasa entregas por problemas no transporte, sendo portos, rodovias e ferrovias um grande empecilho ao crescimento do país.

No final de abril, durante cerimônia de inauguração do Complexo Portuário de Miritituba-Barcarena, no Pará, construído pela Bunge, a Presidente Dilma Rousseff criticou o atual modelo de escoamento de safra do País. Para ela, o Brasil precisa de um sistema de transporte que “proporcione menor custo e mais rapidez para o embarque das safras” para exportação.

Diante do cenário preocupante, a declaração da Presidente ganha força e revela a urgência de uma atitude do Governo no sentido de prover soluções para o Brasil.

Para Dilma, nas últimas décadas, o Centro-Oeste e o Norte são as regiões que têm se tornado os principais polos de produção agrícola. “Agora é a hora do Centro-Oeste e do Norte, porque o Sul e o Sudeste têm desenvolvido sua infraestrutura”, declarou a Presidente.

Dilma ainda explicou que a safra produzida atualmente no Centro-Oeste e no Norte – acima do que chamou de paralelo 16 – segue sendo escoada pelo Sul e Sudeste do País, situação que, segundo ela, precisa ser revista. “Precisamos que coincida a produção acima do paralelo 16 com a logística acima do paralelo 16. É uma imposição não só física, mas da lógica econômica”, afirmou.

Sobre as ferrovias brasileiras, um dos maiores desafios e deficiências do Brasil, como já mostramos aqui no Blog Logística, a presidente declarou que projetos são fundamentais para o país. Dilma ainda declarou que o Brasil errou em não investir em tecnologia “no século passado e no início deste século”, significando que agora é preciso “fazer um esforço gigantesco para superar um de seus grandes gargalos”.

Mas não foram apenas as ferrovias que foram citadas por Dilma. Para a presidente, para ser possível aumentar a produtividade nacional, da competitividade e do saldo comercial, as obras hidroviárias serão determinantes, pois ao descongestionar portos do Sul e do Sudeste a economia brasileira terá maior eficiência e maior integração.

Mudar o atual modelo de escoamento de safra brasileiro talvez seja um primeiro passo para garantir o crescimento da economia brasileira, assegurando o cumprimento dos prazos de entrega da produção nacional, mas os investimentos precisarão de planejamento para serem efetivos em diversas frentes.

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