Após a introdução do projeto e-Freight no Brasil pelo Aeroporto de Viracopos, o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, recebeu a autorização da Receita Federal para utilizar o Eletronic Airway Bill (e-AWB, o Guia Aéreo Eletrônico, em tradução livre). O projeto prevê a utilização de documentos digitais para agilizar as operações de exportação.
O e-AWB faz parte do programa e-Freight, da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que visa diminuir os procedimentos burocráticos em aeroportos, diminuindo o uso de papéis e otimizando as operações. O documento é a versão eletrônica do contrato de transporte entre clientes e as transportadoras aéreas.
A principal vantagem da digitalização dos documentos, além do fator ecológico com o menor uso de papel, é a transmissão dos dados em tempo real para toda a cadeia logística envolvida. Dessa forma, o planejamento tem conhecimento de onde a mercadoria estar e é possível precisar os prazos de entrega.
A implantação do e-AWB pode proporcionar para transportadoras, agentes de cargas e despachantes um ganho de eficiência de 20% a 44%, com entregas mais rápidas e seguras.
“A implantação do e-AWB é de grande importância, pois o recurso nos permite antecipar informações essenciais e faz com que o nosso relacionamento com todos os agentes da cadeia logística seja cada vez mais forte e de extrema confiança”, destaca Patrick Fehring, diretor do RioGaleão Cargo.
e-Freight e os documentos digitais
O e-Freight deve possibilitar a redução do tempo de trânsito das cargas, com mais segurança e confiabilidade na comunicação por meio da disponibilização dos documentos em tempo real, além da redução de custos.
O projeto prevê benefícios de até US$ 4,9 bilhões em todo o mundo, com a redução dos custos em processamento de documentação, economia de estoque, além do possível ganho de mercado do transporte marítimo. Com a implementação do e-Freight, a IATA pretende economizar 7.800 toneladas de documentos em papel, o que equivale 80 aviões cargueiros Boeing 747.