O Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), será o primeiro a receber o projeto e-Freight, realizado pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). O projeto substituiu os documentos em papel por dados digitais nas operações de carga no aeroporto.
Neste mês de julho, um grupo de trabalho se reuniu no aeroporto para discutir as barreiras ao e-Freight no país para fins de planejamento da primeira fase de implantação do programa. Participaram do encontro representantes da IATA, da concessionária Aeroportos Brasil, das operadoras Panalpina, Lufthansa, DB Schenker, American Airlines, e dos sindicatos dos Despachantes Aduaneiros (Sindasp) e dos Comissários de Despachos, Agentes de Carga e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis).
O próximo item a ser implantado no projeto é o e-AWB Importação (Electronic Air Waybill, ou guia aéreo eletrônico em tradução livre). O documento digitaliza o contrato de transporte entre o agente de cargas e as empresas aéreas. “Com o e-AWB não há mais a necessidade de imprimir, manusear ou arquivar o AWB de papel”, destaca o Assessor de Negócios de Carga de Viracopos, Adam Cunha. No ano passado, o Aeroporto de Viracopos já havia implantado o e-AWB nas atividades de exportação.
O e-Freight deve possibilitar a redução do tempo de trânsito das cargas, com mais segurança e confiabilidade na comunicação por meio da disponibilização dos documentos em tempo real, além da redução de custos.
O projeto prevê benefícios de até US$ 4,9 bilhões em todo o mundo, com a redução dos custos em processamento de documentação, economia de estoque, além do possível ganho de mercado do transporte marítimo. Com a implementação do e-Freight, a IATA pretende economizar 7.800 toneladas de documentos em papel, o que equivale 80 aviões cargueiros Boeing 747.
Além de Viracopos, o Aeroporto Internacional de Guarulhos também participa do e-Freight, como já noticiado no Blog Logística.