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A logística e a economia das figurinhas da Copa

Durante a Copa do Mundo, a corrida de crianças e adultos para completar o álbum de figurinhas da Panini 2014 é grande. E o mercado para as figurinhas não é apenas para as crianças, os microeconomistas também estão de olho. A cada espaço vazio no álbum, surge uma aula de probabilidades, de valor de testes estatísticos, de leis da oferta e da demanda e da importância da liquidez.

Quando uma pessoa começa com um álbum, a primeira figurinha – que vem em um pacote com outras quatro – tem a probabilidade de 640/640 de ser a necessária. Ou seja, a cada espaço vazio, as chances de encontrar a que está faltando diminuem.

Dois matemáticos da Universidade de Genebra, Sylvain Sardy e Yvan Velenik, analisam que um colecionador teria que comprar, em média, 899 pacotes de figurinhas para preencher o álbum. Então, há um choque de oferta ao mercado.

Os 899 pacotinhos também mostram que o mercado não está sendo manipulado. Isso porque a Panini afirma que todas as figurinhas são impressas no mesmo volume e aleatoriamente distribuídas.

Assim como em qualquer mercado, a liquidez é importante. Quanto mais pessoas forem atraídas para o mercado com suas figurinhas duplicadas, melhor as chances de encontrar aquela que você deseja. Um mercado totalmente eficiente desanimaria a Panini, que venderia menos pacotes como resultado. Mas, como em todos os mercados, o comportamento não é estritamente racional.

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