Temos acompanhado várias propostas urbanísticas com o conceito de cidades compactas, ou seja, unir verticalização planejada com sustentabilidade.
A otimização dos serviços públicos, juntamente com a redução da pressão sobre as áreas de vegetação natural caracterizam essas propostas, valorizando espaços de “respiro”, como praças, parques e percursos verdes, já que concentram um número maior de pessoas em áreas previamente definidas.
O adensamento planejado no conceito das cidades compactas também otimiza a infraestrutura, onde a mesma rede de energia elétrica ou de água, por exemplo, em vez de servir a 10 casas, atenderia, em uma cidade compacta, a um número muito maior de pessoas. O mesmo raciocínio vale para os serviços de educação e saúde, por exemplo. A verticalização reduziria a necessidade de ampliação da rede para regiões cada vez mais distantes. Em um centro urbano adensado, mais pessoas teriam acesso aos mesmos postos de saúde e às mesmas escolas.
Ou seja, áreas verticalizadas, com infraestrutura correta e incentivo ao uso misto (onde as pessoas moram, trabalham e se divertem sem a necessidade de grandes deslocamentos), representam melhorias na qualidade de vida, da mobilidade urbana, bem como melhorias no uso dos serviços e recursos públicos, que ali empregados, podem atender a mais pessoas e de forma mais racional.
Taxas de ocupações reduzidas potencializam esse conceito, principalmente nas edificações que, juntamente a afastamentos mais generosos, áreas mínimas de terrenos para implantações com maiores metragens e testadas mínimas também com medidas amplas, valorização a ventilação e iluminação naturais.
Pensar a verticalização dessa maneira é uma visão extremamente coerente e positiva, mas é uma realidade que se torna possível apenas com um correto planejamento e a compreensão de todos os envolvidos – setor público e privado e sociedade civil.