Mais um ciclo se encerra com o fim do ano. 2015 foi um período agitado para o setor da logística, sempre movimentado para promover melhorias operacionais e estruturais com foco no desenvolvimento das atividades econômicas.
No Brasil, ainda vivemos com uma infraestrutura aquém do que o país produz, o que compromete o produto nacional na competição do mercado nacional. Iniciativas como o Programa de Investimentos em Logísticas do Governo Federal pretende, por meio de parcerias público-privadas, acelerar o processo de renovação da malha rodoviária e ferroviária, além da expansão da capacidade dos portos nacionais para importação, exportação e viabilização da dragagem.
Enquanto isso, o setor do e-commerce permanece sendo um dos grandes impulsionadores de investimentos na estrutura e operação logística nacional. Datas como a Black Friday são responsáveis por vendas maiores que todo o restante do período natalino. Esse pico de demanda sazonal permanece como um dos principais desafios para o setor.
Estrutura de armazenamento, condomínios de galpões logísticos, transportadoras, sistemas tecnológicos de informação, indústria de equipamentos para operação de inbound logistics e tecnologias renováveis. Esses são apenas alguns exemplos da capilaridade da logística, mobilizando diferentes negócios para o mesmo fim.
Assim, destacamos algumas previsões do que poderemos ver de novidade e tendências para o próximo ano no setor logística e na gestão de Supply Chain.
Crescimento das pequenas transportadoras
Mesmo no período de incertezas econômicas, a Black Friday seguiu batendo recordes no país. Em 2016, isso não deve mudar. Uma tendência que apostamos é o crescimento de novas e pequenas transportadoras.
A crescente demanda do comércio eletrônico pede para uma maior capacidade logística, tanto na movimentação interna de produtos, como no transporte final para o cliente, a “última milha”. Veículos menores se movem com mais facilidade dentro das cidades, proporcionando entregas mais rápidas e seguras, principalmente para itens de menor volume.
Domínio dos drones
Pode ser uma realidade distante para o brasileiro, mas os drones terão um papel cada vez maior na logística de entrega. Os pequenos veículos voadores estão cada vez mais inteligentes e eficientes, como mostramos em matéria recente falando sobre o novo modelo da Amazon.
Esse tipo de tecnologia permite entregas expressas e personalizadas que podem revolucionar o mercado de entregas, seja para o e-commerce ou para o varejo tradicional. E com a constante evolução tecnológica, nada impede que em pouco tempo os drones transportem bens cada de maior volume, peso e valor.
Frotas dos varejistas
Apesar do crescimento das transportadoras terceirizadas, os EUA e no Reino Unido registram uma recente alta nas frotas próprias dos varejistas. Os principais fatores que justificam essa tendência indicam para a grande importância que o consumidor dá ao processo de entrega de uma compra, principalmente para bens de maior valor agregado.
Com uma frota própria, uma empresa tem maior controle da qualidade do serviço de entrega, além de garantir uma maior velocidade e flexibilidade para as operações. Para tal, há ainda outro desafio: a falta de motoristas no mercado.
Medidas de segurança
Em 2014, o roubo de cargas no país cresceu 16% e durante este ano, a recorrência do crime permaneceu uma realidade para Correios e transportadoras. O Governo Federal iniciou a instalação de chips em caminhões para evitar a roubo na frota brasileira e 2016 deve ver novas iniciativas para melhorar a segurança das rodovias do país.
Investimentos
O Brasil tem uma infraestrutura deficitária que compromete o custo de produção brasileiro. Recentemente, a CNI apontou que só a região Sudeste precisa de R$ 68 bi para logística. O país necessita de grandes investimentos para começar a inverter o atual cenário das condições nacionais do transporte.
Como falamos acima, ações como o Programa de Investimentos em Logística são de suma importância, mas esbarram em processos burocráticos e negociações de concessões para obras. A expectativa do Blog Logística é que isso diminua e o país consiga, de fato, realizar os investimentos necessários.
2016 será um grande ano para a logística e o supply chain no Brasil e no mundo. Certamente teremos muitos assuntos para compartilhar como todos vocês.
Um Feliz Ano Novo. Nos vemos em janeiro!