Ícone do site Blog Logística

Pelé, refugiados, Caetano e Anitta: curiosidades e suspenses da abertura

Cerimônia será um alerta ao meio ambiente, terá música de todos os ritmos, voo do 14 Bis, time dos refugiados, modelos, projeções, Débora Colker e fogos de artifício

Uma cidade que promove todos os anos o carnaval das escolas de samba, chamado de maior espetáculo da terra, terá a incumbência de celebrar nesta sexta-feira, a partir das 20h, uma festa que será acompanhada por mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo: a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. No lugar do Sambódromo, o Maracanã. Vai ter samba, sim, mas muito mais coisa.  Algumas atrações já foram reveladas, mas ainda há muitos mistérios e surpresas. O principal deles? Quem vai ter a honra de acender a pira olímpica?

Discursos, hasteamento da bandeira olímpica, juramentos e o acendimento da pira fazem parte do protocolo. Como este último se trata do momento ápice da festa, abre a lista das 10 coisas para se prestar atenção na cerimônia preparadas pelo GloboEsporte.com. Boa festa!


Pelé já acendeu uma pira, na abertura dos Jogos Militares, no Engenhão, em 2011 (Foto: Ag. Estado)

1 – Pelé vai mesmo acender a pira? – O rei do futebol conseguiu ser liberado para participar da abertura dos Jogos. Se de fato será para o momento ápice da festa não dá para cravar, mesmo ele tendo divulgado que resolveu pendengas com o patrocinador. Até o fato dele nunca ter disputado uma Olimpíada parece não ser levado em conta. Há outros cotados. Gustavo Kuerten esbanja carisma, disputou o tênis olímpico duas vezes, mas chegou apenas às quartas de final nas duas. O bicampeão olímpico e dono de cinco medalhas Robert Scheidt navega por fora. Bernardinho e Zé Roberto juntos? Quem sabe? Todas essas opções podem ir abaixo, caso uma outra ideia seja elaborada, como em Londres, quando atletas das gerações futuras acenderam juntos a pira.

2 – A segunda pira – Pela primeira vez uma Olimpíada terá duas piras. Isso porque o Maracanã não é o estádio olímpico e nele não será disputado o atletismo. A outra pira ficará na Candelária, no Centro do Rio, à vista da população. Antes da Candelária cogitou-se transportar o símbolo para o Engenhão, casa do atletismo e estádio olímpico da Rio 2016, ou construir outra pira lá.


Caetano na Copa (Foto: Reprodução / Facebook)

3 – Muita música – Os ritmos brasileiros serão a principal expressão cultural da festa. Caetano Veloso, Gilberto Gil e Anitta, chamada pelo primeiro para cantar juntos uma música que não se sabe qual é. O hino funk “Eu só quero é ser feliz” virá na voz de Ludmilla, hora em que o palco vira uma favela. Do rap, Karol Conka e MC Soffia. A coreografia do passinho também vai marcar presença. Paulinho da Viola está cotado para cantar o Hino Nacional na voz e violão. Elza Soares, Luis Melodia, Marcelo D2 e Wesley Safadão são outras atrações confirmadas. As delegações dos países serão acompanhadas de ritmistas de escolas de samba. Um poema deverá ser recitado por Fernanda Montenegro. Os artistas não cobraram cachê.

4 – Voo do 14 Bis – Uma réplica da primeira máquina voadora, invenção de Santos Dumont, vai sobrevoar o Maracanã suspensa por cabos de aço. Que irmãos Wright, que nada! Os americanos terão que aturar o verdadeiro pai da aviação!

5 – Ecologia – No primeiro ato da cerimônia o Brasil é apresentado como jardim do mundo. A mensagem é: precisamos parar de tratar mal o planeta. Cada um dos cerca de 10 mil atletas do desfile vai depositar uma semente em um totem. Daqui a um ano as mudas serão plantadas no Parque Radical de Deodoro e vão formar o Parque dos Atletas. Os outros dois pilares do roteiro são a diversidade e o calor humano do povo brasileiro.

Atletas vão colocar sementes em mudas de árvores na cerimônia de abertura (Foto: Leonardo Filipo)

6 – Luz na passarela – A modelo Gisele Bündchen terá uma participação que se mostrou polêmica no ensaio do último domingo. Ela desfilaria ao som de “Garota de Ipanema” e policiais confundiriam o assédio de um vendedor de biquíni a um assalto. Segundo os diretores esta cena era uma pegadinha do ensaio. Outra modelo brasileira famosa, Lea T será a primeira transexual em uma cerimônia de abertura.

7 – Projeções – serão muitas, como forma de substituir inovações tecnológicas barradas pela limitação de espaço físico e pelo corte no orçamento. Os diretores chamaram de gambiarras as soluções encontradas pelo fato do Maracanã não ser um estádio olímpico e não ter acessos largos o suficiente para a entrada de grandes alegorias.

8 – Coreografia de Débora Colker – Quem já viu um espetáculo da companhia de dança da carioca sabe que a gravidade é desafiada a todo instante. Promessa de coreografias de tirar o fôlego.


Time Olímpico de Refugiados na Vila Olímpica: festa no Maracanã vai ser maior (Foto: Getty Images)

9 – Refugiados – Os dez atletas que vão desfilar sob a bandeira do COI devem ser a mais exaltada do desfile, tanto quanto a do Brasil, que terá a pentatleta Yane Marques como porta-bandeira. Em contrapartida será curioso saber como os russos, sob a suspeita do doping, serão recebidos. Maior atleta olímpico da história, Michael Phelps vai desfilar pela primeira vez em uma cerimônia de abertura, e será como porta-bandeira dos Estados Unidos. Dentre os mais famosos que levarão os pavilhões de seus países estão os tenistas Rafael Nadal, da Espanha, Andy Murray, da Grã-Bretanha, e Caroline Wozniacki, da Dinamarca, e a nadadora Federica Pellegrini, da Itália.

10 – Fogos de artifício – encerram as cerimônias e são um espetáculo à parte. Mais um desafio para a organização dos Jogos, levando-se em conta que o Rio já promove queimas de fogos impactantes no reveillon da praia de Copacabana.

Fogos no ensaio cerimônia de abertura no Maracanã, no último domingo (Foto: Buda Mendes/Getty Images)

Sair da versão mobile