O Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial, possuindo um largo litoral e extensos rios. No entanto, o país ainda fica bastante atrás nos indicadores quando o assunto é rede de transportes.
Rodovias em estado deplorável e malha ferroviária, portos e hidrovias insuficientes são grandes entraves para alavancar a produtividade da economia nacional.
Para alcançar as grandes potências mundiais, a infraestrutura logística brasileira tem um grande desafio pela frente. Mas você sabe o que é preciso melhorar?
Confira agora os principais pontos:
Pouca diversificação
A distribuição da matriz de transportes brasileira é pouco diversificada. O modal rodoviário predomina com pouco mais de 60% do que é transportado no país, fator que gera grande demanda para as transportadoras, mas, por outro lado, cria uma dependência com as rodovias.
Países de dimensões semelhantes, como Estados Unidos, China e Rússia, têm uma diversidade e um equilíbrio maior na matriz. Além disso, priorizam o transporte ferroviário, além de terem investido mais do que o Brasil em infraestrutura logística nos últimos anos.
Encarecimento dos produtos
As dificuldades para realizar um transporte e um escoamento eficiente no Brasil, devido a infraestrutura logística estar aquém da capacidade produtiva do país, interfere no valor dos custos de produção. A situação é pior em áreas que estão mais afastadas dos grandes centros econômicos do país, mas que apresentam alta produtividade, como o Centro-Oeste.
O frete é elevado, as taxas cobradas também e, consequentemente, encarecem o produto quando ele chega à mão do consumidor. Isso tem feito o Brasil perder boas oportunidades de expandir seus negócios em nível mundial.
Aumento nos investimentos
Uma das soluções para melhorar a infraestrutura logística brasileira passa necessariamente por investimentos — que são tímidos, mesmo com as concessões de trechos de rodovias, ferrovias e portos feitas pelo governo federal nos últimos anos.
O Brasil perde em extensão e qualidade em vários modais para seus concorrentes diretos no mercado internacional, como Rússia, Índia e China. Até mesmo na América do Sul, Chile e Colômbia destinam quantias maiores do Produto Interno Bruto para incrementar os transportes.
Agilidade nas obras
Por mais que existam autorizações para a realização de obras na rede de transporte brasileira — como obras incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por exemplo —, diversos trâmites prolongam a expansão e a melhoria dos modais, bem como a respectiva integração e complementariedade entre eles.
Em alguns casos, falta licenciamento ambiental para a abertura de novos trechos; em outros, os recursos são insuficientes. O resultado é um atraso na conclusão das obras e um aumento significativo do valor inicial previsto para a execução dos trabalhos.
Diminuição na burocracia
Além das melhorias essenciais a serem feitas na infraestrutura de transportes, outro problema que necessita de melhorias na logística nacional diz respeito à burocracia para a liberação de mercadorias e produtos, principalmente nos terminais de aeroportos de carga.
O alto grau de burocratização para a realização de entregas de produtos com alto valor agregado é extremamente demorado no Brasil. Segundo um estudo do ano de 2013 feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o tempo gasto no país chega a até 175 horas, enquanto na China é de aproximadamente quatro horas.
Minimizando problemas
O uso de galpões logísticos para a criação de centros de distribuição tem contribuído para diminuir o deslocamento de cargas e economizar com custos de operação e de manutenção por parte das empresas.
A proximidade com o mercado consumidor e o emprego de investimentos menores é uma estratégia que tem se tornado interessante no cenário da infraestrutura logística brasileira.
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