A multinacional anglo-holandesa Unilever, do ramo de higiene pessoal, limpeza doméstica e alimentos, passou por diversos processos de renovação logística nos últimos anos. Iniciado em 2010, a transformação teve origem com a revisão de todos os processos de logística entre os países com atuação da empresa. A Unilever constatou uma falta de padrão nas ferramentas de gestão de suas operações logísticas.
A primeira fase foi seguida pela implantação de uma ferramenta de gestão de transporte, em 2011, como parte do plano de revisão de processos e padronização dos sistemas.
As duas etapas seguintes atuaram na captura de valor. Na terceira fase, em 2013, a Unilever deu início à criação de Centros de Excelência em Logística para todos os países das Américas em que atua. Na quarta etapa do processo, em 2014, a empresa iniciou a exploração da escala e da sinergia das estruturas regionais de logística.
O objetivo da Unilever é tornar os Centros de Excelência responsáveis pela gestão centralizada da logística global da empresa, mas atendendo às demandas regionais. Cada Centro realiza o planejamento logístico de curto e médio prazo, a gestão de transporte, de armazenagem, de fluxos internacionais e de compras logísticas.
Com a padronização das ferramentas e a instalação dos Centros de Excelência, a Unilever espera criar uma previsão de demanda mais precisa em todas áreas de atuação para gerar uma estimativa de recursos consistente para as operações logísticas de inbound, outbound e armazenagem por centros de distribuição e para transporte.
Embora a implantação ainda seja recente para divulgação de resultados, a empresa já listou algumas reflexões sobre as implantações. Entre elas, as diferentes condições de infraestrutura em cada país, com níveis de tecnologia muito desiguais por região. A Unilever apontou que o grau de profissionalização na hora do transporte está aquém do esperado, mesmo na América do Norte.
A empresa também sinalizou a dificuldade de se encontrar profissionais com expertise em gestão global e local da logística, o que sinaliza uma área de potencial para especialização de mão-de-obra.