O setor de transportes, ainda que essencial para a economia, é um dos principais vilões quando o assunto é emissão de gases poluentes. Ele responde por 23% das emissões globais de CO2. Apesar da evolução tecnológica dos veículos, a emissão de gases mais que dobrou comparado a 1970. Os dados são do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU.
O número inclui todos os veículos, mas não retira a necessidade dos gestores de logística tentarem alternativas para diminuir o quadro de emissões, principalmente considerando o fechamento de novo acordo climático global previsto para o final de 2015. O acordo deverá definir metas e mecanismos de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa para todos os países integrantes da ONU.
Se a emissão de poluentes já é uma questão importante no âmbito da responsabilidade social, ela será ainda mais alvo de investimento das empresas com um cenário de maior controle e restrição. A boa notícia é que existem tecnologias em desenvolvimento que ajudam cada vez mais na mitigação dos gases causadores do efeito estufa.
Controles comportamental de veículos e modo de condução, avaliação de consumo e quilometragem excessiva, desgaste de peças e tipo de combustíveis são métodos já utilizados para a diminuição das emissões. Segundo Ricardo Albregard, presidente da Associação de Gestão de Despesas de Veículos, afirmou que algumas associadas já registraram redução de 58% nas emissões.
Outro ponto chave para a mitigação são as bioenergias. Além da alternativa de emissões com baixo ciclo de vida, como a cana-de-açúcar como combustível, e o cultivo de árvores de crescimento rápido e aproveitamento dos resíduos da biomassa. Os motores flex também devem ganhar espaço em frotas pesadas, com a troca gradativa do diesel por etanol, biogás ou biodiesel.
Os gestores de logística têm uma grande responsabilidade nos próximos anos. Enquanto frotas completas de veículos de emissões zero não são viáveis, esses profissionais serão vitais para manter o efeito estufa sob controle.