O e-commerce e a logística andam juntos. A existência do comércio eletrônico é completamente dependente das atividades de logística, meio pelo qual os produtos chegam aos consumidores. Já a área de logística recebe tem como um dos principais impulsionadores de investimentos justamente o varejo on-line.
As grandes empresas do comércio eletrônico expandem cada vez mais sua estrutura de logística no país. Conforme o Blog Logística já noticiou, empresas como B2W, detentora das marcas Submarino e Americanas.com, Cnoca do Brasil, das lojas on-line Ponto Frio, Casas Bahia e Extra, Magazine Luiza e Walmart expandiram suas estruturas de centro de distribuição e serviços de transportadoras.
Mas o e-commerce não contempla somente grandes empresas. Com a facilidade de acesso a ferramentas de TI, até um empresário individual pode criar seu comércio virtual nas condições que lhe caber. E para isso, é necessário ter um planejamento logístico para conduzir suas operações de estocagem e entrega dos bens comercializados.
E como iniciar esse planejamento e operação? É aí que o Blog Logística entra!
Operações de home office
Como falamos acima, é possível manter um e-commerce com uma estrutura enxuta, utilizando até mesmo sua própria residência para as operações. É importante que o ambiente seja adequado para a armazenagem dos produtos. No caso de mercadorias sensíveis a condições de temperatura, por exemplo, é necessária uma estrutura física diferenciada.
Esse modelo é indicado para negócios menores, já que evita gastos com estruturas de armazenamento externas e sistemas de TI mais complexos. Existem plataformas que geram páginas e-commerce customizadas de forma rápida. Essa é uma ótima opção para pessoas que não têm condições de realizar um investimento alto no desenvolvimento de um site.
Com uma operação praticamente individual, o modelo exige o envolvimento do gestor em todas as fases do negócio. Nesse modelo, o empresário é responsável pela administração do site, do controle de estoque, preparo de embalagem para o envio. A entrega pode ser feita via contratação de transportadoras ou utilizando o serviço dos Correios.
Operações em loja física
Um negócio que opera com uma loja física já conta com uma estrutura mínima de armazenagem. Para transformar esse comércio em eletrônico, é necessário criar a estrutura da loja online e adicionar o modal de entrega aos seus serviços. Ou seja, invista nessas áreas.
Dependendo do tipo de produto que a empresa comercializa, é necessário embalar a mercadoria em um pacote diferenciado, próprio para o transporte. Instrua sua equipe nas formas corretas de embalagem para garantir que os produtos cheguem em perfeito estado aos clientes.
Logística terceirizada
Um e-commerce que move em uma escala maior de produtos exige maior planejamento e controle. Normalmente, empresas desse porte terceirizam pelo menos partes de suas operações.
Além de uma estrutura maior de servidores, para suportar maior tráfego de usuários no site, é necessária uma estrutura grande de armazenagem. Construir e comprar um galpão não é viável para tantas empresas. Neste cenário, o aluguel de galpões logísticos tem se destacado como uma opção mais eficiente para empresários.
Com uma estrutura terceirizada, é necessário que as diversas operações sejam integradas por sistemas de informação. Quando uma compra é realizada no site, o centro de distribuição deve ser notificado para separar e preparar o produto para o transporte. O sistema de controle de estoque também deve ser atualizado após cada venda ou retorno de produto.
Dessa forma, cada segmento terceirizado estará bem integrado, o que garante operações mais ágeis. Dessa forma, com um planejamento logístico eficientemente estruturado, o gestor pode focar maior tempo em novas estratégias, planos de negócios e ofertas para o site.
Mudanças do e-commerce
Algumas novas tendências para a logística e Supply Chain têm sido observadas, mostrando a influência que o crescimento do e-commerce tem contribuído para a mudança de sistemas de distribuição.
Enquanto lojas tradicionais têm criados espaços físicos maiores nas principais localizações das grandes cidades, os centros de distribuição estão sendo instalados em áreas menos urbanas, promovendo maior números de envios de pequenas parcelas de produtos para os compradores.
A economia de escala pode ser alcançada com um grande volume de vendas on-line. Assim, os envios podem ser consolidados em diferentes lotes, divididos pelo destino final, por exemplo.
Outra mudança que foi causada pelo e-commerce é o fluxo de movimentação, em que os produtos saem do ponto de venda para o ponto de consumo. Se no comércio tradicional, a responsabilidade era do cliente se deslocar, no contexto do e-commerce, o produto se desloca até o comprador.
Assim, criou-se mais foco na embalagem e as transportadoras passaram a realizar mais rotas. Se antigamente tudo era levado para alguns pontos de negócio, agora os produtos são transportados para uma infinidade de consumidores finais. Um sistema antigo de logística seria incapaz de operar neste novo contexto.