O desempenho do Brasil na avaliação do Banco Mundial não foi nada bom este ano. O país caiu 20 posições no ranking de logística e despencou da 45ª posição em 2012 para a 65ª posição entre os 160 países avaliados.
O resultado deixa o Brasil atrás dos demais países pertencentes ao BRICs (China, Rússia, Índia e África do Sul), além de ficar para trás também na América do Sul, já que países como Argentina e Chile ficaram à frente do país.
O segmento em que o Brasil está melhor colocado é “qualidade e competência logística” (50.ª posição) e o pior no “serviço de aduanas e alfândegas” (94.ª).
Paulo Fleury, diretor-geral do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), considera o resultado obtido pelo Brasil como “desastroso”. “A hora da verdade chegou: o Brasil investiu bilhões em obras de infraestrutura de transporte que, por problemas de gestão, não foram terminadas, e está aí o resultado.”
Apenas qualidade logística mantém a nota
Todas as notas do Brasil foram inferiores no ranking deste ano, se comparadas às médias obtidas com os relatórios de 2007, 2010, 2012 e 2014. A qualidade logística é o único item onde a nota se manteve e o país ocupa a 50ª posição. Em compensação a pior nota do Brasil ficou com os serviços de aduanas e alfândegas. Neste item o Brasil aparece em 94º lugar, atrás de países como Paraguai, Equador e El Salvador.
Outras avaliações negativas foram para “rastreamento e monitoração”, dando ao Brasil a 62ª posição e também as “entregas internacionais”, que renderam ao país o 81º lugar.
A avaliação do Banco Mundial considera itens como qualidade da infraestrutura de transportes, procedimentos alfandegários, prazos de entrega, rastreamento e facilidade de encontrar fretes com preços competitivos.
O péssimo desempenho do Brasil na avaliação apenas reforça a importância de debater e mobilizar esforços pela logística nacional.