Há menos de um mês para a Copa do Mundo de futebol, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) anunciou que a partir de 5 de junho e até o fim da Copa, no dia 13 de julho, poderá aplicar punições rigorosas para as companhias aéreas que não cumprirem os horários.
A fiscalização será reforçada com mil agentes da Anac, que serão deslocados para os aeroportos das 12 cidades sedes e em terminais vizinhos.
Em entrevista coletiva, o presidente da Anac, Marcelo Guaranys, explicou que o descumprimento de horários, quando for responsabilidade das empresas aéreas, será punido com multas que vão de R$ 12 mil até R$ 90 mil.
As multas serão aplicadas em caso de atrasos de mais de 15 minutos e o valor aumentará proporcionalmente à demora.
As normas serão aplicadas à aviação comercial, mas também aos voos privados que chegarem ao país, vindos do exterior.
O presidente da Anac disse que, nesse último caso, os aviões que não cumprirem as normas podem ter uma pena maior, com chances de serem até mesmo expulsos do país.
Estima-se que o Brasil receberá 600 mil turistas estrangeiros e que também circularão três milhões de brasileiros pelas cidades sede.
Os aeroportos das sedes passaram por reformas nos últimos meses, mas em muitos casos as obras ainda não terminaram e o próprio Governo admitiu que boa parte delas não estará pronta para o Mundial.
O aeroporto internacional de Guarulhos, o maior do país, inaugurou no domingo um novo terminal. No entanto, entre ontem e hoje foram registrados vários problemas, como falta de bancos e demora na entrega de bagagens.
No Rio de Janeiro, que receberá a final da Copa, as autoridades também já admitiram que o aeroporto do Galeão ainda estará em obras, assim como em Confins, em Belo Horizonte.
Turistas também enfrentarão obras em Cuiabá, cidade que ostenta o pouco honroso título de ter o pior aeroporto do Brasil.
Em Fortaleza, para tentar melhorar a situação do aeroporto, está sendo instalado um terminal temporário de passageiros, com uma lona de 1.200 metros quadrados, dada a impossibilidade de concluir a tempo as obras de ampliação.
Apesar de reconhecer que existem problemas e atrasos nas obras, o presidente da Anac afirmou que eles não significam uma preocupação, pelo menos em termos de operação aeroportuária.
“Não nos preocupamos com a operação durante a Copa”, tranquilizou Guaranys, que também disse acreditar que as multas não precisarão ser aplicadas.
“São medidas necessárias para garantir que o planejamento feito seja cumprido, mas não queremos aplicá-las, queremos é que todas as regras sejam respeitadas”, declarou.
Fonte: Exame