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Logística e coronavírus: entenda como a crise pode afetar o setor

É clichê afirmar o papel estratégico que a logística tem perante o fluxo de mercadorias desde os extrativistas, os industriais até os consumidores dos mais diferentes nichos de mercado. Porém, tal realidade talvez jamais tenha ficado tão notória ao grande público como no momento atual de crise em que estão evidentes os impactos positivos e negativos existentes na relação entre logística e coronavírus.

Cenários de guerra, literais ou não, sempre ocorreram em todo o mundo e por mais arrasadora que uma situação se apresente, sempre será necessário racionalizar, planejar, organizar, dirigir e controlar ações para o transporte mais eficiente de bens, máquinas e mercadorias diversas importantes para abastecimento de agrupamentos humanos, acampamentos militares, cidades, metrópoles e países, estejam eles em momentos de crise econômica, climática, social ou pandêmica.

O objetivo deste artigo é entendermos um pouco mais sobre o papel e a importância da logística neste período de pandemia, mostrando como o coronavírus está afetando as operações das empresas e as economias dos países em escala global. Acompanhe!

Qual o papel da logística e os efeitos do coronavírus?

Como as artérias que conduzem o sangue para nutrir os demais tecidos do corpo, da mesma maneira a logística abastece as diferentes cadeias de suprimentos com os insumos necessários à produção de bens nas indústrias de base e a entrega de produtos acabados tanto para o setor comercial como para o envio direto ao consumidor final.

Dito de outra maneira é por meio da logística que as empresas movimentam as mercadorias resultantes do seu processo produtivo, escoando-as até os centros de distribuição e aos mercados consumidores por diferentes modais como o ferroviário, hidroviário, rodoviário, aeroviário e etc.

Compreender a relevância do setor logístico para a sociedade ajuda a entender a real dimensão das dificuldades impostas pela crise. As operações de exportação e importação de mercadorias entre os países, o transporte realizado por meio público ou privado nos grandes centros urbanos e o trânsito intercontinental de pessoas, são alguns dos exemplos logísticos presentes em nossa rotina.

Com a chegada da pandemia, medidas de combate foram tomadas a fim de evitar a propagação do vírus e a redução do número de vítimas fatais. Medidas restritivas de isolamento e circulação de pessoas passaram a vigorar em diferentes países, com alguns chegando a adotar até mesmo o fechamento total, conhecido como lockdown.

Como consequência imediata o transporte de cargas ficou comprometido. Em um primeiro momento a redução da mão de obra causada pela reclusão social afetou as exportações e importações levando aos galpões, armazéns e docas a ficarem momentaneamente abarrotados de mercadorias. Porém, tais desafios não foram suficientes para travar o ramo logístico.

Em muitas partes do mundo e também no Brasil, os setores logístico, farmacêutico e hospitalar foram logo reconhecidos como essenciais pelo poder público e tiveram permissão para manter suas atividades e garantir a provisão das comunidades. Para atestar a veracidade deste fato , basta observar que não foram registrados em nosso país grandes problemas de abastecimento que agravassem a crise e aumentassem o risco de convulsão social como a falta de alimentos básicos, saques em massa e outros problemas semelhantes.

Na economia o efeito dominó nas relações de comércio entre os países provocou consequências, com todas as agências mundiais de pesquisa econômica já prevendo queda drástica no PIB global para este ano. No Brasil, os mercados logísticos continuam a ser fortemente impulsionados pela necessidade de escoamento da produção de outros setores como o agronegócio, que mesmo ante a crise permanece em pleno crescimento.

Quais os impactos positivos?

Em meio a crise, nem tudo são más notícias. Quando ocorrem situações extremas de calamidade a logística sempre foi um fator essencial para a continuidade da estrutura social, evitando o colapso total dos setores atingidos e da economia como um todo. A manutenção de condições mínimas de funcionamento, garantida pela entrega de medicamentos e alimentos por exemplo, foram fundamentais e continuaram a ocorrer mesmo em meio a medidas de máxima restrição e isolamento.

Durante a pandemia, a logística tem sido fundamental para garantir o abastecimento de nichos importantes para a sociedade como o setor farmacêutico e hospitalar garantido o acesso rápido a remédios, itens essenciais como equipamentos de proteção, respiradores e outros insumos aos profissionais de saúde pública que atuam na linha de frente de combate ao vírus.

Além disso, redes de supermercados se mantiveram supridas apesar da corrida inicial para estocagem de alimentos e outros produtos de higiene pessoal e álcool gel. Sendo assim, mesmo diante da crise do coronavírus o papel da logística continua essencial para manter o fluxo de mercadorias e um mínimo de atividades necessárias à subsistência das comunidades.

Quais as expectativas para os próximos meses?

Até aqui podemos entender a importância de acompanharmos diariamente os efeitos nos mercados e o desenrolar dos impactos econômicos provocados pela pandemia como o fechamento de pequenas empresas e o desemprego. Tais consequências mantém um cenário de incerteza do ponto de vista econômico, visto que a recuperação tende a ser lenta e gradual devido ao medo que ainda continua presente no imaginário coletivo.

Ao que tudo indica a reabertura comercial também não será realizada de um dia para o outro, mas sim de maneira paulatina e somente após a aprovação de medidas de proteção e prevenção sanitária por parte dos estabelecimentos junto aos órgãos públicos.

Do ponto de vista sanitário, apesar da aparente redução na curva de contaminações em todo o mundo e de boas expectativas em relação aos esforços de produção de vacinas, ainda não é possível descartar a possibilidade do surgimento de novos surtos. Ainda que diferentes laboratórios anunciem avanços na busca por vacinas é preciso considerar o tempo de testagem e desenvolvimento até que uma solução viável esteja finalmente disponível no mercado.

Podemos afirmar que existe um consenso entre especialistas de que todo esse processo durará aproximadamente um ano ou mais. Sendo assim, o que resta é a vigilância, monitoramento e manutenção do processo de adaptação dos negócios frente a situação adversa que se impõe, até que perspectivas melhores sejam finalmente consolidadas no futuro.

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